A nova construção posiciona-se entre o Museu Alvar Aalto e o Museu da Finlândia Central, ambos obras do mestre finlandês, pelo que o desafio define-se em como criar um espaço distintamente contemporâneo que ao mesmo tempo não tenta colocar-se demasiado em evidência face aos seus prestigiados vizinhos.A proposta tenta tirar partido do seu posicionamento recuado de forma a integrar-se mais suavemente na paisagem natural e edificada. Numa abordagem tendencialmente organicista, a sua geometria é um produto directo da disposição do seu interior. As direcções das paredes estão relacionadas com as plantas de ambos os museus; o tecto ajusta-se e complementa os tectos existentes; as passagens fazem uso de aberturas já existentes nas fachadas dos museus. A planta da extensão apresenta-se assim como um “ramo” orgânico do novo complexo museológico.A qualidade do espaço interior é o foco central do projecto. Elementos exteriores, como as janelas centrais e o lanternim, concorrem para gerar uma suave iluminação natural, com as janelas enquadrando a paisagem exterior. O espaço flui facilmente em volta dos balcões e montras da loja. Este arranjo da planta permite uma circulação livre bem como espaço de exposição em abundância para obras e produtos. O ambiente é ainda aprimorado pelos materiais utilizados. Os planos brancos das paredes rebocadas e dos tectos inclinados tendem para uma expressão acetinada, enquanto a madeira das estantes e balcões transmite uma discreta sensação de aconchego. Dois pilares em madeira exótica introduzem um toque de luxo que não é alheio ao conhecimento e gosto de Aalto por materiais de alta qualidade.